“Não ponhas isso ai; não faças isso; tira os pés já; não faças aquilo; para quieto; vem já comer; levanta-te; deita-te; vai tomar banho; vai lavar os dentes, vão ficar todos podres; não estudas nada, depois vais ver o que te vai acontecer…; só fazes disparates… não fazes nada de jeito…”. Pois é, as nossas crianças passam a vida a ouvir frases idênticas a estas. Depois queixamos-nos que são agressivos?
A maior parte das vezes, o comportamento agressivo da criança ou adolescente, não é mais do que um pedido de SOCORRO. Elas estão num sofrimento psíquico gigante. É a forma que conhecem para mostrar descontentamento.
Os Psicólogos, através de ferramentas e técnicas específicas, conseguem ensinar a transmutar esta raiva e agressividade. Mas aqui o papel da família, é crucial. Se a família não estiver envolvida em todo o processo, dificilmente teremos SUCESSO NO TRATAMENTO.
CAUSAS:
. Falta de regras e limites firmes. As crianças que não conseguem receber um “não” em criança, em adolescentes recorrem à agressividade para expressar o que sentem. Por vezes, tornam-se até arrogantes e inseguros.
. Verem os pais a discutir, gritar, agredirem-se ou com ataques de raiva. Lembra-te, eles são o espelho do nosso comportamento.
. Ceder às birras. Reforça a ideia de que os gritos, são o caminho para atingir os objetivos.
. Forma que conhecem, para pedir ajuda.
. Ingerir excesso de açucares, nomeadamente refrigerantes.
. Tempo excessivo nos vídeo jogos, tv ou telemóvel. Não devem passar de 1 hora diária.
COMO AGIR:
. Dê exemplo. Bons adubos, originam plantas saudáveis.
. Ouçam o que eles têm para dizer. Conversem, tirem dúvidas, o diálogo é crucial.
. Não dês grandes sermões. Sê direto, claro e conciso.
. Evite gritar. Isso reforça a sua aprendizagem.
. Determina regras e limites, bem definidos, e não cedas. Diz claramente o que pode e não pode ser feito. Deixa bem definido as consequências do não cumprimento das regaras.
. Evita bater, isso estimula a agressividade.
. Ensina a lidar com a raiva. Mostre alternativas para descarregar a raiva, como dançar, brincar, desenhar, escrever e riscar, dar murros em almofadas, ou mesmo fazer desporto.
. Elogia o bom comportamento. Sempre que conseguir controlar a raiva, elogia a sua força. Isso dá-lhe motivação e reforça a atitude positiva.
. Dá muito carinho, beijinhos e abracinhos. A maior parte das vezes, é só o que precisam. Lembra-te que é um pedido de socorro, sentem que não são amados. Então, demonstra que te preocupas, que gostas e dá colo.
SINAIS DE ALERTA:
. Destruir objetos. Por exemplo, partir o que encontra pela frente.
. Cortar-se, magoar-se, bater com cabeça na parede.
. Desobediência. Isto é, fingir que não ouve o que lhe dizes.
. Mentira. Mentir para diminuir castigos ou punições e para obter ganhos.
. Fugir.
. Crueldade, como magoar propositadamente pessoas ou animais. Ou seja, provocar sofrimento alheio.
NOTA IMPORTANTE:
Crianças que sentem a CASA COMO O SEU “NINHO”, o seu refúgio, E OS PAIS COMO PROTETORES, dificilmente adotam condutas agressivas.
Tens dúvidas? Pergunta que eu respondo!
Pepitas de alegria,
Bárbara